As origens do homem são difíceis de precisar, mas, de um modo geral, admite-se que os nossos antepassados começaram a diferenciar-se dos macacos, seus primos, há 5 ou 6 milhões de anos. Foi, efetivamente, nessa época que o nosso longínquo avô deu os seus primeiros passos.
Isolado na savana seca, no leste da África, teve, ao contrário dos seus primos que viviam nas árvores da floresta equatorial, de adaptar-se a um meio diferente e alterar o seu estilo de vida. Modificações decisivas na anatomia das ancas e dos pés permitem-lhe, então, manter uma postura vertical e caminhar ereto.
Há cerca de 1,5 milhões de anos, aparece uma espécie mais evoluída. Nascida em África, vai conquistar o mundo. Esta espécie, que se nos assemelha em altura, peso e capacidade craniana, fabrica utensílios e inventa o fogo.
Há 40 000 anos, finalmente, o Homo sapiens sapiens completa a colonização do mundo, chegando à Austrália e atravessando o estreito de Bering para conquistar a América. Este homem que fala e que enterra os seus mortos é muito parecido connosco. Já só lhe falta cultivar plantas, domesticar animais e construir cidades.
Em 1974, foram postos a descoberto, nas jazidas de Afar, na Etiópia, 52 fragmentos ósseos pertencentes ao mesmo indivíduo.
Chamado «Lucy», de uma canção dos Beatles, o Australopithecus afarensis, de seu verdadeiro nome, essa frágil rapariga, ou talvez rapaz, tem sido, desde então, a estrela incontestada de todos os australopitecos. Com cerca de 40% do seu esqueleto, continua, com efeito, a ser a mais bem conhecida dessas pequenas criaturas bípedes. Não espanta, pois, que os paleontólogos, que a descobriram em 1974, tenham conseguido fazer-lhe o retrato.
Lucy, com 20 anos de idade, não era mais alta do que uma criança atual de 6 e viveu há mais de 3 milhões de anos nas florestas da margem do rio Aouache. Caminhando de pé sobre as duas pernas, acontece-lhe por vezes aventurar-se nas savanas ervosas, cheias de perigos, que se estendem para lá da floresta, à qual regressa rapidamente para refugiar-se, e talvez descansar, empoleirada nas árvores.
Há 200 milhões de anos, a Terra é povoada pelos dinossauros, do grego deinos, «aterrador», e sauros, «réptil».
Tiranossauro, um dos raros dinossauros carnívoros, reconhecível pelos dentes pontiagudos.
O fóssil mais antigo de um dinossauro data de há 220 milhões de anos, aproximadamente.
Atualmente, os especialistas distinguem morfologicamente dois grupos: os saurópodes e os ornitópodes. Alguns são vegetarianos, outros carnívoros, que se alimentam dos primeiros. Alguns conseguem erguer-se sobre as patas traseiras, outros têm asas e voam pesadamente. Os tamanhos variam muito: o Compsognathus não é maior do que um galo, enquanto o Ultrasaurus devia exceder os 30 metros de altura, com um peso de 135 toneladas.
Os dinossauros desapareceram há 65 milhões de anos, possivelmente devido à colisão de um asteróide com a Terra, a uma intensa atividade vulcânica ou a modificações climáticas. Mas, na realidade, este desaparecimento demorou 1 a 2 milhões de anos.
O nosso universo nasceu, há 13,7 mil milhões de anos, na sequência de uma gigantesca explosão, o famoso Big Bang.
O que precedeu o Universo ninguém sabe. Os átomos apareceram ao cabo de 300 mil anos, e depois as galáxias, entre as quais a nossa, com o Sistema Solar, há 4,6 mil milhões de anos.
O Universo está ainda em expansão. Consoante as teorias, ou continuará indefinidamente esta expansão, e as estrelas, entre as quais o nosso Sol, extinguir-se-ão umas atrás das outras, ou acabará por contrair-se, e acontecerá então o Big Crunch. Em qualquer dos casos, o resultado será o mesmo, mas a questão só se porá dentro de alguns milhares de milhões de anos!
Foi graças a uma temperatura favorável que pôde formar-se na Terra um oceano primitivo. Da mistura de água, anidrido carbónico, metano e amónia, atravessada por contínuas descargas elétricas, acabou por surgir a vida, no seio dessa «sopa primordial», sob a forma de moléculas combinadas entre si de formas cada vez mais complexas.
Não é impossível que este fenómeno se tenha produzido noutras partes do Universo. No entanto, a probabilidade do aparecimento de uma forma de vida extraterrestre é, segundo os cálculos, de 1 para 5000...
A procura de uma pele macia nada tem de novo. Há cerca de 3500 anos, as mulheres egípcias esfregavam o rosto com uma mistura abrasiva de alabastro moído, leite e mel. Atualmente, os cirurgiões cosméticos empregam uma variedade de técnicas para melhorar a pele.
Uma delas, a dermabrasão, é um processo pelo qual as camadas superiores da pele são literalmente passadas à lixa. Embora o processo não consiga remover as depressões ou outras cicatrizes profundas devidas à acne, pode torná-las menos visíveis e ajudar a alisar as linhas e rugas mais finas.
Ao remover as camadas exteriores da pele, a dermabrasão retira também muito do respetivo pigmento. O processo pode, por consequência, afetar a cor da tez, mesmo depois de ter crescido a nova pele; isto é particularmente verdadeiro nos negros e outros indivíduos de pele escura.
Outra técnica é a remoção química das camadas superiores da pele. Há já muitos anos os médicos vêm utilizando produtos químicos para queimar verrugas e outras excrescências benignas da pele. O processo, tecnicamente denominado quimiocirurgia, pode também empregar-se para fazer desaparecer pequenas rugas, especialmente as que circundam a boca e os olhos.
Para o paciente, este processo, bem como os seus efeitos, é semelhante ao da dermabrasão. Tal como nesta, a remoção da pele acarreta consigo o perigo de a parte tratada nunca chegar a reaver a sua cor primitiva. Alguns dermatologistas recomendam o processo unicamente às pessoas de pele clara, nas quais parece produzir melhores resultados.
As linhas de clivagem naturais da pele
O colagénio da camada inferior (ou reticular) da derme encontra-se disposto em feixes fibrosos que formam um padrão de dobras naturais da pele, designadas por linhas de Langer. Mesmo a operação cirúrgica mais perfeita deixa cicatrizes, ainda que algumas sejam muito menos visíveis que outras. Este facto resulta de o cirurgião, sempre que possível, faz as incisões ao longo das linhas naturais, pelo que a cicatriz mais não parece que uma outra dobra.