Saiba como os cientistas datam a história da humanidade
Os cientistas dispõem de duas fontes de dados principais para reconstituírem a história da humanidade: os vestígios, encontrados pela arqueologia, e a biologia do homem atual.
Os dados biológicos permitem avaliar a distância entre as diferentes espécies vivas. É assim que partilhamos com os chimpanzés 99,9% dos nossos genes. Tudo indica que nos diferenciámos deles há 6 milhões de anos.
A arqueologia, pelo seu lado, continua a trazer-nos novas informações, mesmo se as grandes linhas são já nossas conhecidas. Os materiais encontrados são analisados segundo diferentes métodos de datação.
Para datar, torna-se necessário medir um fenómeno que varie de uma maneira uniforme ao longo do tempo. Certas matérias armazenam no momento da sua formação determinadas substâncias radioactivas, cuja radioactividade decresce a um ritmo constante. Basta, pois, medir a quantidade de radioactividade que resta no material em causa para lhe determinar a idade. É o caso dos minerais, como o potássio, ou de matérias vivas, como o carbono 14.
Inversamente, um objeto abandonado no solo acumulará certas substâncias contidas nesse solo (flúor, urânio, etc.), cuja proporção é possível medir.
Existem outros métodos: a degradação progressiva dos ácidos aminados e, por exemplo, a direção e medição do campo magnético. Para os últimos milénios, a dendrocronologia conta e compara os anéis de crescimento da madeira, cuja espessura varia com o clima.